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Arruda foi preso, mas não pelo que a gente pensa

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi flagrado recebendo proprina em um esquema que já atualva a mais de dez anos e movimentava milhões. Na semana passada ele foi preso, mas não por este motivo

Na semana que antecedeu o carnaval, um fato histórico tirou a atenção dos brasileiros das pernas das rainhas de baterias convertendo-a para a política: pela primeira vez, desde redemocratização, em 1985, um governador foi preso em pleno exercício do cargo.

José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal pelo DEM, que foi flagradro por câmeras escondidas recebendo R$ 50 mil em caixa dois, anunciou o afastamento do cargo por intermédio de uma carta à Camara Legislativa na qual se defendia dizendo-se inocente.

Mas o que mais incomoda os brasileiros é o fato de que ele não foi preso por corrupção, mas sim por tentar dificultar a investigação da Polícia Federal. Ele e mais alguns aliados tentaram subornar o jornalista Edimilson Edson do Santos para que ele desqualificasse a denúncia feita por Durval(que fez as filmagens de Arruda e o denunciou). Em troca do favor foi oferecido a quantia de R$2 milhões.

A prova do crime foi um bilhete escrito pelo próprio Arruda para Edimilson. O jornalista pegou o bilhete e marcou um encontro com um dos homens de Arruda. No encontro Edimilson recebeu uma sacola com R$ 200 mil. Na ocasião o jornalista filmou a conversa com uma webcam escondida em um rádio-relógio. Com o bilhete, o filme e o dinheiro nas mãos Edimilson prestou depoimento a policiais e procuradores em que descreveu detalhes sobre a tentativa de suborno.

Entenda a carreira de Arruda

Em 1986 Arruda começa sua carreira como diretor da Companhia Energética de Brasília;

Em 1992 é nomeado secretário de Obras do DF;

Em 2001 foi acusado de violar o painel de votação do Senado, na sessão secreta que cassou Luiz Estevão. Primeiro, negou o crime. Mas depois assumiu e chorou ao renunciar - Para não ser preso;

No ano seguinte foi eleito deputado federal pelo PFL;

Em Novembro de 2009, foi acusado de pagar propina a deputados. No outro dia surge um vídeo em que o governado recebe R$ 50 mil - destinado para a compra de panetones para crianças carentes brincadeira um negócio desses;

Em 10 de dezembro é espulso do DEM;

Em 4 de fevereiro de 2010, Antônio Bento, suposto representante de Arruda, entrega uma sacola com R$200 mil ao jornalista Edimilson Edson. Esse valor era apenas uma parcela do suborno que compraria o depoimento do jornalista;

No dia 11 de fevereiro o STJ determina a prisão preventiva de Arruda e outros quatros envolvido.

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